29 de novembro de 2013

Sentada na pastelaria apreciando o sol


Sexta feira a tarde, 12°C, um caderno, um lápis, um café e pensando:
Nasci no interior de São Paulo, em uma cidade muito quente. Lá não há árvores, não há sombra, não há vento, só o sol de 40°C em todas as estações. Sempre reclamei daquele calor que - me desculpem os católicos - era um inferno. E hoje é diferente.
O sol é maravilhoso. Claro que em excesso é ruim, mas assim é tudo na vida. Quando há sol eu me sinto mais feliz. Seus raios são compostos de bem-estar e me deixam tão contentes que sempre dou uma escapadinha para sentar e apreciar a claridade.
É só reparar como tudo muda com ele, todas as coisas de alguma forma transmitem felicidade, a água brilha, o vidro reflete, as flores florescem, as paredes iluminam e as pessoas sorriem. É muito lindo e simples.
Nunca o admirei tanto, quanto agora. Talvez porque antes ele só me queimava, agora aquece e faz brilhar o que tenho de bom.
Tava em meu quarto, o admirando pela janela e pensei: poxa! O tempo tá tão lindo e eu aqui o vendo passar. Levantei, tomei um banho, coloquei minha saia florida e fui tomar um café. No caminho da pastelaria não resisti e sentei na praça onde os senhores de idade se reúnem as tardes para conversar. Eu e 15 pessoas com mais de 65 anos apenas sentindo o sol. É doido, mas faz bem. É tão gostoso perceber ritmos de vida diferentes do nosso. Depois de uns 10 min, levantei e fui ao café escrever. Agora, o café acabou e o sol já está se pondo e acho que é hora de me recolher também.

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